domingo, 10 de outubro de 2010

ENTREVISTA EXCLUSIVA A MIGUEL CABRAL, JORNALISTA DA TVI

1) Miguel, com que idade surge o seu gosto pelo jornalismo? Em que moldes?
A paixão inicial foi pela rádio, depois de alguns anos de actividade na área a ligação ao jornalismo foi ganhando terreno até que fiquei rendido ao jornalismo.
2) Lembra-se dos telejornais do seu tempo de adolescência? Quem eram os seus jornalistas de eleição à época, porquê?
Ao longo dos anos 80 comecei a ver os telejornais e na altura recordo-me de fixar mais as histórias do que propriamente pivots.
3) Aos 16 anos começa a fazer rádio. Que tipo de programas fazia à época?
O início da rádio foi com um programa de desportos motorizados na Voz do Marão, mas de imediato integrei a equipa desportiva da rádio.
4) Onde tira a sua formação em jornalismo?
Na universidade frequentei o curso de Educado de Infância. A experiência na área foi fundamental para continuar ligado à comunicação social, através da participação em diversas acções de formação, colóquios e curso práticos.
5) Como é que nasce a sua ligação com a TVI, enquanto repórter?
O convite surgiu numa altura em que na rádio me dedicava por inteiro ao jornalismo, sendo inclusivamente colaborador em alguns jornais.

6) O Miguel ofereceu aos portugueses destinos de eleição, cá no Norte. Sente que, de alguma forma esta região se encontra um pouco esquecida pelo resto do país?
A região transmontana é algo esquecida por quem decide na altura de fazer grandes obras tais como melhores vias de comunicação mas a maioria dos Portugueses sabe que Trás os Montes tem produtos e paisagens únicas no País.

7) Estando tão longe da Mãe (TVI) conte-nos como é um dia do seu trabalho. Suponhamos há um acidente na região de Amarante. Como é que o Miguel é chamado ao local, alguém lhe comunica ou é o próprio Miguel que parte para a notícia, após a consulta de outros órgãos de comunicação social?
Na maioria da vezes são fontes estabelecidas na carreira que permitem chegar cedo aos locais e assim avisar a TVI de determinados acontecimentos.
8) Qual foi a reportagem mais emocionante, aquela que lhe apetecia sair dali devido à sua carga emotiva, eventualmente, morte, destruição…?
Há sempre reportagens que nos marcam, sobretudo aquelas que envolvem a morte de alguém. Recordo viver momentos de aflição num incêndio que no momento ne fez desejar sair do local o mais rápido possível.
9) O repórter costuma viajar muito. Que países já visitou, enquanto jornalista?
Como correspondente numa delegação a saída do País em reportagem não é muito frequente mas já tive oportunidade de estar em alguns locais, tal como a Bósnia com várias reportagens sobre os militares portugueses ali colocados.

10) Como é que analisa a relação entre política e jornalismo nos dias de hoje?
Sempre foram áreas que se tocaram pela importância que as duas têm na sociedade. No jornalismo há que tentar mostrar à opinião pública os factos sempre com rigor.

11) Como é que na sua perspectiva nasce a reportagem exclusiva para um jornalista?
Através de investigação. Área que ainda está por desenvolver pois exige muitas horas de dedicação que por vezes os jornalistas não têm pois existem muitas reportagens a elaborar.
12) Quando o Miguel está de férias, consegue-se desligar da actualidade nacional, ou a sua profissão fala mais alto e tem necessidade de se manter permanentemente actualizado?
É difícil desligar, mas umas férias sabem sempre bem.
13) Como vê a relação entre as novas redes sociais (facebook, twitter) e o jornalismo?
Hoje em dia a maioria das pessoas está ligada a redes sociais e um jornalista deve estar atento à nova realidade que é a possibilidade de partilhar ideias por exemplo sobre reportagens.
14) O que lhe dá mais prazer fazer, escrever a notícia (imprensa escrita), ou fazer o seu pivô para televisão? Porquê?
A reportagem em si é algo que dá gosto fazer pois trata-se de contar uma história ao público através dos meios que nos são facultados.
15) Ainda hoje, depois de alguns anos a fazer directos, sente aquele «friozinho» ao ver a luz da câmara acender?
Curiosamente nunca senti muito esse “friozinho” pois desde sempre, sobretudo na rádio me lembro de fazer directos.
16) O bom jornalista é aquele que cresce todos os dias. Que conselhos gostaria de deixar aos futuros jornalistas deste país?
Sem dúvida, todos os dias se aprende algo com alguém, e muitas vezes é em locais quase isolados mas com pessoas com história de vida impressionantes. Quem gostar de jornalismo deve emprenhar-se ao máximo para ter futuro na área que é realmente cativante.


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