sábado, 5 de março de 2011

LARA SANTOS, PIVÔ DO TVI 24 EM ENTREVISTA EXCLUSIVA

1) A Lara é natural de onde? Como é que foi nascer e crescer nessa localidade?
Sou natural de Lisboa.
Nascer e crescer nesta cidade é fantástico.
Lisboa é, sem dúvida, a capital europeia mais bonita de todas e a luz de Lisboa, é sempre a luz de Lisboa. Confesso no entanto que tenho uma costela alentejana e sinto essa zona do país também como sendo minha.


2) Durante a passagem pelo ensino básico ou secundário, qual foi a altura que começou a perceber que o mundo do jornalismo faria parte da sua vida?
Percebi que queria ser jornalista muito cedo.
Com 5 anos pedia microfones no Natal e nos aniversários e montava estúdios de rádio em casa onde gravava os meus próprios programas.
A minha mãe conta que o meu passatempo favorito era entrevistar a família.
A profissão estava-me no sangue.



3) No seu tempo de infância quando via televisão, quem eram os grandes comunicadores que idolatrava e porquê?
Nunca vi muita televisão, sempre ouvi mais rádio mas recordo-me da minha referência ser a Margarida Marante.
Gostava da forma como a Margarida conduzia entrevistas e pensava que um dia também eu podia estar naquele papel.

4) A Lara fez parte do grupo de música que marcou gerações «Onda Choc». Como é que surge esta sua ligação ao grupo?
Surgiu quase por acaso. Soube que havia castings e participei.
Recordo-me que na altura eram 16 mil crianças e foram escolhidas 8.
Foi uma fase muito engraçada da minha vida e hoje tenho a certeza que o facto de subir ao palco tão nova e de comunicar, através da música e dança, com muitas pessoas, ajudou-me e desinibiu-me do receio das câmeras.



5) Desde cedo e enquanto elemento pertencente a este grupo começa a participar em programas televisivos, nomeadamente quem não se lembra, do palhaço «Companhia». Que recordações lembra desse tempopode nos dizer em que tempo As recordações desses tempos são óptimas.
Era um grupo de crianças muito unido e muito bem disposto.
É curioso porque graças ás novas tecnologias, conseguimos reencontrar-nos todos novamente.
Uma experiência dessas marca a vida de qualquer criança.


6) Lara onde se forma, enquanto jornalista? A Lara tem uma voz inconfundível, uma voz dita «perfeita» para rádio. Que experiências vivenciou neste domínio, da rádio?
Licenciei-me na Universidade Lusófona de Humanidades e tecnologias de Lisboa.
Trabalhei em várias rádios nomeadamente na TSF, na Rádio Comercial e no Rádio Clube Português.
Esta última foi a experiência profissional mais marcante que tive.
Fazia um programa da meia noite às 2h da manhã chamado "Posto de Escuta".
As pessoas ligavam para mim para falar da vida, contar estórias e desabafar.
A ligação que criei com os ouvintes foi extraordinária e ouvi muitos episódios que me fizeram crescer muito enquanto ser humano e ensinaram-me também a relativizar os problemas da vida.

7) Que cuidados nutre com a sua voz?
Alguns. Não beber nada muito gelado, não estar exposta mudanças drásticas de temperatura. Os cuidados básicos para poder trabalhar com ela todos os dias.
8) Qual foi a 1.ª situação em que encarou a câmara, em directo, pela 1.ª vez?
Foi na Tvi, num directo em Almada, no despejo de várias famílias. Estava nervosíssima.
9) Como surge a oportunidade de vir trabalhar para a TVI?
Estagiei na Tvi em 2005 e estive lá quase 1 ano.
Depois saí para experienciar o mundo da rádio, e acabei por voltar em 2009.
10) Lara de forma decisiva, pivô da informação ou repórter no terreno?
Que pergunta tão difícil. Um bom pivôt de informação tem de saber o que é estar no terreno.
11) Achei curiosa uma de tantas reportagens da autoria da Lara e da sua equipa: “Crianças já têm a noção do que é poupar”. Como foi organizar esta reportagem e sobretudo lidar com uma classe tão especial, as crianças?Entrevistar crianças é sempre especial mas é um grande desafio.
Essa reportagem foi muito engraçada de preparar, mas sempre que se chega ao terreno, há muitas ideias pré-definidas que caem por terra. Os olhos do jornalista precisam de estar "lá" para ver e para conseguir o melhor ângulo de abordagem.



12) José Carlos Castro afirma numa entrevista “que o pivô é mestre-de-cerimónias”. De certa forma a apresentação do trabalho dos colegas depende da boa performance do pivô que introduz a peça. Partilha desta opinião?
Partilho mas as pessoas têm de ter noção que o mestre-de-cerimómias apenas dá a cara por uma extensa equipa que está atrás de um jornal.
São dezenas de pessoas cada uma com a sua função e sem as quais a realização de um bloco de notícias não era de todo possível.

13) Sente-se de certa forma, uma filha do TVI 24?
Sinto-me uma filha deste canal naturalmente. Estar num projecto deste o primeiro segundo é uma sensação indescritível.

14) Considera que muitas vezes pelo facto de os pivôs serem presença assídua nos telejornais, estas acabam por ser reconhecidas mais pelo público em geral, tornando-se inclusivamente alvo de interesse por parte das revistas, por exemplo, de televisão?
Acho que isso é natural, mas cada um faz a gestão da carreira da forma que quer.
Não me parece que a vida pessoal de um pivôt de informação possa ser de interesse público, a menos que a pessoa o permita.

15) O facto de ultimamente estar a apresentar «A Última Edição» no TVI 24 faz com que tenha de trabalhar até bastante tarde. Habitualmente a que horas se deita quando está à frente da Última Edição?
Geralmente deito-me por volta das 2h da manhã. Mas acordo cedo, nunca gostei de dormir muito e este horário exige disciplina e rotinas.

16) No dia seguinte, consegue levantar-se cedo, ou o facto de ter este horário mais nocturno, permite-lhe acordar mais tarde?
Como dizia na pergunta anterior, acordo cedo. 9h, 10h estou acordada. Gosto do sol da manhã, deixa-me bem disposta o resto do dia.

17) Os directos trazem quase sempre situações de imprevisibilidade, sobretudo, por exemplo, quando acontece algum problema com o teleponto, ou uma gralha no texto. Para além de um certo dia ter dito, aquando do desaparecimento de um corpo no mar, ter dito, «finalmente, o corpo deu à luz», que outras situações mais caricatas guarda no seu percurso profissional?Os jornalistas trabalham naturalmente com notícias ditas pesadas. Se não encararem tudo com uma certa leveza torna-se complicado. Há uma equipa fabulosa sempre à nossa frente e no nosso ouvido que nos faz sentir protegidos e que nos empurra para cima em momentos mais complicados.
As pessoas não imaginam a quantidade de imprevistos que acontecem num jornal. Mas isso é bom porque faz-nos crescer enquanto profissionais.


18) O facto de a Lara ter diariamente que dar cara a um espaço informativo do TVI 24 tem de previamente ter um cuidado com a imagem, como a roupa que veste. Em média, num dia normal de trabalho a que horas chega à redacção e se prepara para mais tarde entrar no ar?
Tenho naturalmente cuidado com a minha imagem não só porque dou a cara num espaço informativo.
Quando estou de férias ou folgas, gosto de andar mais confortável.
Chego à Tvi sempre às 18h00. Conto com 1h e meia de preparação, cabelos e maquilhagem e vou para o ar a primeira vez às 20h00.

19) Lara para além da sua vida profissional tem muitos cuidados com a sua imagem, estado físico, por exemplo. Agora de Inverno, por exemplo quantas vezes por semana costuma ir ao ginásio. Como consegue conciliar a sua vida profissional com a prática de exercício físico?
No Inverno sabe melhor ir ao ginásio. Geralmente vou de 2ª a Domingo, todas as manhãs. Não diz apenas respeito a uma questão de imagem, mas é uma espécie de terapia para a alma e para o espírito.
A minha vida processa-se a uma velocidade alucinante, por isso tenho necessidade daquelas 2 horas matinais para estar comigo, para cuidar de mim e para organizar as minhas ideias e o meu dia.

20) Para terminar, que mensagem gostaria de deixar aos nossos leitores, para que continuem a visualizar a informação transmitida no TVI 24?Porque é isenta e credível. O mundo em tempo real.

21) Projectos para o futuro?Crescer todos os dias profissionalmente porque sinto-me previligiada por acordar todas as manhãs para fazer uma coisa que gosto.