




QUESTÕES:
1) Como surgiu o MOVIMENTO DE CIDADANIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO TÂMEGA? (Apresentação)
2) Como parte a sua ligação a este movimento?
3) Aquando das entrevistas que eu realizei aos principais partidos políticos à C.M.A está bem patente uma diferença de opiniões entre o Dr. Armindo Abreu e o Dr. José Luís Gaspar. (passo a citar as respostas para analisar mas depois no dia faço uma síntese introdutória). Como vê a intervenção da política e principalmente da C.M.A em todo este processo?
ARMINDO ABREU: 17) Qual a sua posição relativamente à construção da Barragem de Fridão? Não considera, que em termos paisagísticos isso poderá ter graves consequências?
Sou, por princípio, favorável ao aproveitamento dos nossos recursos energéticos, como caminho necessário ao combate à nossa preocupante dependência. Quanto à barragem de Fridão e afastada que está a ameaça de alteração da cota actual de exploração da barragem do Torrão, aguardo o debate público sobre o Estudo de Impacte Ambiental em elaboração, para uma tomada de decisão definitiva. Entendo que em matérias desta importância devemos agir de acordo com a razão e não com as emoções do momento.
JOSÉ LUÍS GASPAR: Concorda com a construção da barragem em Fridão?
Sou claramente contra a barragem de Fridão, duas razões, uma de ordem emocional; Durante a minha juventude passei lá muitos bons momentos, infelizmente hoje em dia o rio já não é aquilo que era, acho que tem de haver uma política de despoluição do nosso rio, desde a sua nascente até á foz, é um trabalho meramente político, de intervenção. Na ordem racional também sou claramente contra, primeiro julgo que este processo está todo enviesado, nós somos confrontados com uma realidade, que há quem diga que já está mais do que decidida, o que acho isso lamentável, as poucas vezes que se falou deste assunto, isto é dado como um facto consumado, e se calhar até o é, mas não sei se é, ou não o é, porque o dossiê não é explicado de forma aberta aos amarantinos, se calhar em Amarante alguém saberá o que está a acontecer, mas os amarantinos, na sua generalidade não o sabem, e eu não sei, por exemplo. Diz-se que estamos à espera de um estudo de impacto ambiental, o que eu sei é que para Amarante irá ser penoso, 1.º é que não é uma única barragem, estamos a falar de duas barragens. Temos uma barragem de uma parede por volta de cem metros e temos uma segunda a 3 km com 30 metros, ou seja aquela zona de Fridão, vai ficar toda submersa, aquela zona lindíssima, inclusivamente o investimento que lá foi feito, ao novel da canoagem. Depois o efeito psicológico, de estarmos numa zona de cheia, nós sabermos que temos a 6 km uma barragem que toda a gente diz que é segura, mas ninguém pode atestar que tenha 100 % de segurança, se um 1 % de insegurança houver, há sempre a possibilidade de acontecer qualquer coisa, sabermos que podemos ficar submersos por uma onda gigantesca que até o Campo da Feira fica submerso… É complicado, a câmara poderia sempre se manifestar, manifestar contra esta decisão do governo, mas para isso, tem de ouvir as pessoas!
4) Numa reportagem apresentada na Quercus com os comentários de Artur Freitas este fala em números. É verdade que toda a alteração que a construção da barragem trará ao Tâmega culminará única e exclusivamente num 1% de emissão CO2 e 3 % no acréscimo da energia dita renovável. Afinal estes números serão suficientes para a justificação desta construção?
5) É notório que ao longo do Rio e desde a construção da Barragem do Torrão, há zonas imundas, onde o processo de eutrofização é enorme e as espécies estão todas em ameaça devido às espécies exóticas que por lá proliferam. Quer nos explicar de que modo ocorre este processo de eutrofização e de que modo toda a fauna e flora envolventes estão em perigo?
6) Em 1991 (confirmar data sff) o Dr. Emanuel refere que já fora feito um estudo de impacto ambiental que demonstrava claramente uma posição contra esta barragem. O que explicava sucintamente esse relatório?
7) Aqui há uns meses recebemos a Doutora Luísa Lima do Instituto Universitário de Lisboa, que estava cá a realizar um estudo encomendado pela EDP. Aquilo que ela focou essencialmente é que o povo Amarantino está muito pouco informado sobre a construção da dita barragem, referindo que é preciso dar voz ao povo, afirmando que num dos encontros que teve com cidadãos, alguns lhes referiam que aprenderam a nadar ali, que se habituaram aquela paisagem. O que falta realmente para que se possa dar mais voz e esclarecimentos às pessoas. Sim, porque ainda há pessoas que desconhecem este projecto!
8) O MOVIMENTO DE CIDADANIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO TÂMEGA foi recebido a 21 de Julho deste ano na residência oficial do Presidente da República, no Palácio de Belém. A sensivelmente 2 meses deste encontro, que efeitos surtiram dele?
9) Não só Amarante, mas também Cabeceiras de Basto, Celorico, Mondim estão sensíveis a esta causa. Será que se esta obra avançar o Rio Tâmega não passará a ser, nada mais, nada menos, que um lago de água estagnada?
10) A Quercus esteve novamente na passada Terça – feira (dia 15) cá em Amarante. Quais as principais temáticas da sua vinda cá novamente?
11) Acredita que em termos políticos a nível local poderia ser feito algo mais? O quê por exemplo?
QUESTÕES:
1) Antigamente, no interior da sala de aula, a figura do professor, era temida, era uma autoridade que ali estava e ai de quem ousa-se levantar a voz ao senhor professor. A verdade é que hoje em dia a figura de professor foi completamente banalizada, o stor ou a stora até é fixe, mas é uma seca autêntica. Muitas vezes, devido a comportamentos insólitos (agressões a professores por ex), os professores ficam sem saber o que fazer, sendo que em situações extremas, o pedido de baixa por parte do professor, é como que uma fuga a estes problemas. No seu ponto de vista como classifica a educação dos nossos alunos e que medidas considera que, o professor ou mesmo o ministério da educação deveriam tomar para aumentar a credibilidade da figura do professor?
2) 'As crianças não encontram em casa a figura de autoridade', que é um elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando Savater.
'As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa', sublinhou. Será que o facto de os pais terem cada vez menos tempo para os filhos, um maior isolamento das crianças em casa, em frente ao computador, aos chats de conversação, terá contribuído para conceder uma nova personalidade dos jovens?
3) Os professores desde sempre foram avaliados. No entanto no último mandato, com Maria de Lurdes Rodrigues, o choque entre ministério da educação e professores resultou em sucessivas greves, manifestações, abaixo- assinados, ou seja, todas as formas de protesto. No seu ponto de vista o que correu mal entre ministério, sindicatos e professores?
4) Como reagiram em geral os professores do seu agrupamento ao novo processo de avaliação de desempenho do actual executivo? Os objectivos foram cumpridos?
5) Os programas eleitorais dos cinco maiores partidos fazem dos professores os protagonistas, numa luta pelo voto de 150 mil docentes. Ao todo, existem centena e meia de referências directas à classe, contra meia centena nos programas apresentados há quatro anos. Longe, bem longe, vêm as referências a juízes ou polícias. Será que o Governo não está a colher as tempestades que semeou, sobretudo no último ano de mandato?
6) Uma das regras que entrará em vigor - será a escolaridade obrigatória até ao 12.º ano. Não acha que para determinados alunos, que até então achavam que já 9 anos eram muito tempo, isso poderá contribuir para uma maior frustração, desalento, por parte dos alunos?
7) Aulas de substituição, ou melhor aulas de ocupar furos, devido à falta de professores. Muitas das queixas que se tem ouvido por parte dos alunos, é que as aulas de substituição, não servem para rigorosamente nada. Para substituir a professora de Português, aparece por exemplo um professor de Ed. física ou vice-versa. Não acha que este tipo de aulas, que muitas vezes passam por brincadeiras, jogos, sim, porque os professores não está minimamente preparados, poderiam ser aproveitadas de outras formas?
8) Há cerca de 4 meses assistimos a um vídeo gravado por uma aluna numa Escola Básica em Espinho. Mais grave, no meu ponto de vista do que gravar uma aula sem autorização, foi a forma lamentável, como a professora «massacrou» durante uma hora os alunos falando sobre sexo, virgindade a crianças de 12 e 13 anos. O pior é que a professora não estava a dar educação sexual, mas sim história? O que lhe apraz dizer sobre este caso. Será um caso isolado? Serão novas formas de leccionar, o quê que se passou afinal aqui?
9) Os sindicatos já se pronunciaram, no sentido de, segundo eles, esta ser mais uma lei trapalhona, a da educação sexual nas escolas, redigida em cima do joelho, e em que mais uma vez o governo coloca a carroça à frente dos bois e salve-se quem puder!
Entretanto, há quem se passe completamente nesta colagem ao governo, nomeadamente, Albino Almeida, da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), afirmando que "Os professores são pedagogos, por isso devem saber ensinar tudo."
Será que não estamos a trilhar caminhos que possam conduzir esta situação ao ridículo? Será que os professores estão preparados para abordar estes assuntos relacionados com sexualidade?
10) Nos últimos dias temos vindo a assistir a planos de contingência levados a cabo pelas escolas em prol da pandemia do vírus da Gripe H1N1, a dita «gripe A». Que medidas serão tomadas nas vossas escolas infantis, primárias e ensino básico?