sábado, 5 de setembro de 2009

Educação em Portugal - Arranque do ano lectivo 2009-2010. Programa de 12 de Setembro- Dr.ª Dina Sanches E.B 2 E 3 AMARANTE

Numa altura em que a educação tem dado que falar, as manifestações que saem à rua em prol dos professores, o programa «À CONVERSA COM RICARDO PINTO», não poderia deixar de falar desta temática. Estarão os nossos alunos preparados para mais um arranque lectivo? Estarão os professores motivados para ensinar? Haverá condições para arrancar com as aulas de educação sexual nas escolas? Afinal como está o nosso país? As nossas escolas? Os nossos alunos? Os nossos professores? Em estúdio teremos no próximo dia 12 de Setembro, a Dr.ª Dina Sanches, Presidente da Comissão Executiva Instaladora do Agrupamento de Escolas de Amarante. Informação, partilha de opinião. Comece já a enviar os seus e-mails com perguntas, dúvidas, sugestões.
Já sabe, trabalhamos para si, a pensar em si!
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BASTIDORES:
Foi, confesso com alguma emoção que começei com o «Boa tarde, sejam bem - vindos à estreia de «À CONVERSA COM RICARDO PINTO». Tanto eu, como a Dr.ª Dina éramos caloiros nestas andanças. Mas valeu a pena. Acho que do ponto de vista educacional, abrangemos pontos fulcrais!



QUESTÕES:
1) Antigamente, no interior da sala de aula, a figura do professor, era temida, era uma autoridade que ali estava e ai de quem ousa-se levantar a voz ao senhor professor. A verdade é que hoje em dia a figura de professor foi completamente banalizada, o stor ou a stora até é fixe, mas é uma seca autêntica. Muitas vezes, devido a comportamentos insólitos (agressões a professores por ex), os professores ficam sem saber o que fazer, sendo que em situações extremas, o pedido de baixa por parte do professor, é como que uma fuga a estes problemas. No seu ponto de vista como classifica a educação dos nossos alunos e que medidas considera que, o professor ou mesmo o ministério da educação deveriam tomar para aumentar a credibilidade da figura do professor?

2) 'As crianças não encontram em casa a figura de autoridade', que é um elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando Savater.
'As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa', sublinhou. Será que o facto de os pais terem cada vez menos tempo para os filhos, um maior isolamento das crianças em casa, em frente ao computador, aos chats de conversação, terá contribuído para conceder uma nova personalidade dos jovens?

3) Os professores desde sempre foram avaliados. No entanto no último mandato, com Maria de Lurdes Rodrigues, o choque entre ministério da educação e professores resultou em sucessivas greves, manifestações, abaixo- assinados, ou seja, todas as formas de protesto. No seu ponto de vista o que correu mal entre ministério, sindicatos e professores?


4) Como reagiram em geral os professores do seu agrupamento ao novo processo de avaliação de desempenho do actual executivo? Os objectivos foram cumpridos?


5) Os programas eleitorais dos cinco maiores partidos fazem dos professores os protagonistas, numa luta pelo voto de 150 mil docentes. Ao todo, existem centena e meia de referências directas à classe, contra meia centena nos programas apresentados há quatro anos. Longe, bem longe, vêm as referências a juízes ou polícias. Será que o Governo não está a colher as tempestades que semeou, sobretudo no último ano de mandato?

6) Uma das regras que entrará em vigor - será a escolaridade obrigatória até ao 12.º ano. Não acha que para determinados alunos, que até então achavam que já 9 anos eram muito tempo, isso poderá contribuir para uma maior frustração, desalento, por parte dos alunos?

7) Aulas de substituição, ou melhor aulas de ocupar furos, devido à falta de professores. Muitas das queixas que se tem ouvido por parte dos alunos, é que as aulas de substituição, não servem para rigorosamente nada. Para substituir a professora de Português, aparece por exemplo um professor de Ed. física ou vice-versa. Não acha que este tipo de aulas, que muitas vezes passam por brincadeiras, jogos, sim, porque os professores não está minimamente preparados, poderiam ser aproveitadas de outras formas?


8) Há cerca de 4 meses assistimos a um vídeo gravado por uma aluna numa Escola Básica em Espinho. Mais grave, no meu ponto de vista do que gravar uma aula sem autorização, foi a forma lamentável, como a professora «massacrou» durante uma hora os alunos falando sobre sexo, virgindade a crianças de 12 e 13 anos. O pior é que a professora não estava a dar educação sexual, mas sim história? O que lhe apraz dizer sobre este caso. Será um caso isolado? Serão novas formas de leccionar, o quê que se passou afinal aqui?

9) Os sindicatos já se pronunciaram, no sentido de, segundo eles, esta ser mais uma lei trapalhona, a da educação sexual nas escolas, redigida em cima do joelho, e em que mais uma vez o governo coloca a carroça à frente dos bois e salve-se quem puder!
Entretanto, há quem se passe completamente nesta colagem ao governo, nomeadamente, Albino Almeida, da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), afirmando que "Os professores são pedagogos, por isso devem saber ensinar tudo."
Será que não estamos a trilhar caminhos que possam conduzir esta situação ao ridículo? Será que os professores estão preparados para abordar estes assuntos relacionados com sexualidade?

10) Nos últimos dias temos vindo a assistir a planos de contingência levados a cabo pelas escolas em prol da pandemia do vírus da Gripe H1N1, a dita «gripe A». Que medidas serão tomadas nas vossas escolas infantis, primárias e ensino básico?

2 comentários:

  1. Nós professores, precisamos urgentemente de revolucionar com o sistema de ensino. Envio-lhe algumas sugestões para o seu e-mail!
    Marta Sousa.

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  2. É necessária uma nova política de educação e esta, passa antes de mais, pelo afastamento de Maria de Lurdes Rodrigues!

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