Após a recepação do Movimento no Palácio de Belém pelo presidente da República, Dr. Cavaco Silva, quais as réplicas que daí adviram?
Como vê a Quercus esta situação?
Todas estas e outras questões em directo, Sábado das 18 às 20 em 92.7 ou através da internet em http://www.erafm927.com/. Poderá entrar em directo no programa através do 255420481.
QUESTÕES:
1) Como surgiu o MOVIMENTO DE CIDADANIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO TÂMEGA? (Apresentação)
2) Como parte a sua ligação a este movimento?
3) Aquando das entrevistas que eu realizei aos principais partidos políticos à C.M.A está bem patente uma diferença de opiniões entre o Dr. Armindo Abreu e o Dr. José Luís Gaspar. (passo a citar as respostas para analisar mas depois no dia faço uma síntese introdutória). Como vê a intervenção da política e principalmente da C.M.A em todo este processo?
ARMINDO ABREU: 17) Qual a sua posição relativamente à construção da Barragem de Fridão? Não considera, que em termos paisagísticos isso poderá ter graves consequências?
Sou, por princípio, favorável ao aproveitamento dos nossos recursos energéticos, como caminho necessário ao combate à nossa preocupante dependência. Quanto à barragem de Fridão e afastada que está a ameaça de alteração da cota actual de exploração da barragem do Torrão, aguardo o debate público sobre o Estudo de Impacte Ambiental em elaboração, para uma tomada de decisão definitiva. Entendo que em matérias desta importância devemos agir de acordo com a razão e não com as emoções do momento.
JOSÉ LUÍS GASPAR: Concorda com a construção da barragem em Fridão?
Sou claramente contra a barragem de Fridão, duas razões, uma de ordem emocional; Durante a minha juventude passei lá muitos bons momentos, infelizmente hoje em dia o rio já não é aquilo que era, acho que tem de haver uma política de despoluição do nosso rio, desde a sua nascente até á foz, é um trabalho meramente político, de intervenção. Na ordem racional também sou claramente contra, primeiro julgo que este processo está todo enviesado, nós somos confrontados com uma realidade, que há quem diga que já está mais do que decidida, o que acho isso lamentável, as poucas vezes que se falou deste assunto, isto é dado como um facto consumado, e se calhar até o é, mas não sei se é, ou não o é, porque o dossiê não é explicado de forma aberta aos amarantinos, se calhar em Amarante alguém saberá o que está a acontecer, mas os amarantinos, na sua generalidade não o sabem, e eu não sei, por exemplo. Diz-se que estamos à espera de um estudo de impacto ambiental, o que eu sei é que para Amarante irá ser penoso, 1.º é que não é uma única barragem, estamos a falar de duas barragens. Temos uma barragem de uma parede por volta de cem metros e temos uma segunda a 3 km com 30 metros, ou seja aquela zona de Fridão, vai ficar toda submersa, aquela zona lindíssima, inclusivamente o investimento que lá foi feito, ao novel da canoagem. Depois o efeito psicológico, de estarmos numa zona de cheia, nós sabermos que temos a 6 km uma barragem que toda a gente diz que é segura, mas ninguém pode atestar que tenha 100 % de segurança, se um 1 % de insegurança houver, há sempre a possibilidade de acontecer qualquer coisa, sabermos que podemos ficar submersos por uma onda gigantesca que até o Campo da Feira fica submerso… É complicado, a câmara poderia sempre se manifestar, manifestar contra esta decisão do governo, mas para isso, tem de ouvir as pessoas!
4) Numa reportagem apresentada na Quercus com os comentários de Artur Freitas este fala em números. É verdade que toda a alteração que a construção da barragem trará ao Tâmega culminará única e exclusivamente num 1% de emissão CO2 e 3 % no acréscimo da energia dita renovável. Afinal estes números serão suficientes para a justificação desta construção?
5) É notório que ao longo do Rio e desde a construção da Barragem do Torrão, há zonas imundas, onde o processo de eutrofização é enorme e as espécies estão todas em ameaça devido às espécies exóticas que por lá proliferam. Quer nos explicar de que modo ocorre este processo de eutrofização e de que modo toda a fauna e flora envolventes estão em perigo?
6) Em 1991 (confirmar data sff) o Dr. Emanuel refere que já fora feito um estudo de impacto ambiental que demonstrava claramente uma posição contra esta barragem. O que explicava sucintamente esse relatório?
7) Aqui há uns meses recebemos a Doutora Luísa Lima do Instituto Universitário de Lisboa, que estava cá a realizar um estudo encomendado pela EDP. Aquilo que ela focou essencialmente é que o povo Amarantino está muito pouco informado sobre a construção da dita barragem, referindo que é preciso dar voz ao povo, afirmando que num dos encontros que teve com cidadãos, alguns lhes referiam que aprenderam a nadar ali, que se habituaram aquela paisagem. O que falta realmente para que se possa dar mais voz e esclarecimentos às pessoas. Sim, porque ainda há pessoas que desconhecem este projecto!
8) O MOVIMENTO DE CIDADANIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO TÂMEGA foi recebido a 21 de Julho deste ano na residência oficial do Presidente da República, no Palácio de Belém. A sensivelmente 2 meses deste encontro, que efeitos surtiram dele?
9) Não só Amarante, mas também Cabeceiras de Basto, Celorico, Mondim estão sensíveis a esta causa. Será que se esta obra avançar o Rio Tâmega não passará a ser, nada mais, nada menos, que um lago de água estagnada?
10) A Quercus esteve novamente na passada Terça – feira (dia 15) cá em Amarante. Quais as principais temáticas da sua vinda cá novamente?
11) Acredita que em termos políticos a nível local poderia ser feito algo mais? O quê por exemplo?
O Nosso Rio Está uma porcaria. Quando era nova tomava lá banho, agora aos 45 anos não me atrevo sequer a meter lá o meu dedo mendinho!
ResponderEliminarMaria